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Cuiabá, Mato Grosso, Brazil
Dr. Gustavo Moreira Oliveira Cirurgião Dentista formado pela UNIC em 1998; Mestre em Ortodontia pelo Instituto Vellini e UNICID-SP; Especialista em Ortodontia pelo SINODONTO-MT; Pós-graduação em Ortodontia e Ortopedia Infantil pela UNIC; Pós-graduação em Disfunção da ATM e Dor Oro-facial pela UNIC; Especialista em Didática do Ensino Superior pela UNIC; Especialista em Gestão Empresarial focada em Clinica de Ortodontia pela ABF e CIESP-RP; Professor do Curso de Especialização em Ortodontia do CAES-MT, . Professor do Curso de Especialização em Ortodontia SIOMS; Professor do Curso de Especialização em Ortodontia Base Aérea de Campo Grande - MS; Membro da SBPqO

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DISFUNÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR


A Disfunção da ATM (DTM) é o funcionamento anormal da articulação temporo-mandibular, ligamentos, músculos da mastigação, ossos maxilar-mandíbula, dentes e estruturas e suporte dentário.
Quando existe a disfunção, o paciente apresenta sintomas, como dor de cabeça, dor de ouvido e/ou zumbidos, dor ou cansaço dos músculos da mastigação, ruídos Articulares (estalos ou crepitação) e dificuldade para abrir a boca.

A DTM está relacionada a hábitos comuns, como o apertamento dentário e o bruxismo (frender ou ranger), morder objetos estranhos, roer unhas, mastigar chicletes, postura da cabeça (para a frente), o de prender o telefone com o queixo ou ainda apresentar fatores relacionados com o estresse, depressão e ansiedade ou eventos traumáticos.
Geralmente, a D-ATM dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante. A causa exata desta disfunção, em geral, é impossível de ser identificada.
CLINICA ORTODÔNTICA 65-3322.7114 - CUIDANDO DO SEU SORRISO - http://ortodontiadesucesso.blogspot.com.br/

sábado, 15 de setembro de 2012

Protetor Bucal Personalizado



Desde 1962, é obrigatório o uso de protetor bucal no futebol americano.
o que reduziu para 70% os traumas dentais nesse esporte.


O protetor bucal personalizado deve ser utilizado pelos praticantes de esportes radicais (moutain bike, skate) , artes marciais (judô, jiu-jítsu, etc.), e de esportes de quadra (futebol de salão, voleyball, etc.). Esses permitem uma melhor adaptação, retenção durante a fala, e facilidade respiratória. no entanto seu custo é substancialmente mais elevado que o dos protetores aquecidos em agua morna e moldados pela própria pessoa, o que reduz o seu uso.


Este material é a base de copolímero laminado (flexível), é conformado à vácuo a uma espessura uniforme ( 3-4 mm.) e são transparentes ou coloridos, e deverá recobrir todo o elemento dentário para proteger inclusive o tecido mole dos lábios, bochechas e língua, caso sejam comprimidos contra os dentes.


De um ponto de vista crítico, o custo do protetor bucal personalizado é baixo em relação aos danos que são causados pelos traumas que ele evita, o seu custo/benefício se justifica, pois em caso de acidente orofacial, o paciente não perderá horas de consulta, e diminuirá risco e gastos com próteses, endodontia e reconstrução de dentes. Acredita-se também que reduz muito o risco de derrame cerebral por compressão do côndilo, no caso de traumatismo.


O que é um protetor bucal?
Um protetor bucal é um aparelho que se encaixa nos dentes para protegê-los de qualquer tipo de impacto. Os protetores bucais devem ser usados sempre que a pessoa participa de atividades esportivas que envolvam a possibilidade de quedas, contatos físicos bruscos ou choques com objetos voadores, tais como Artes Marciais, futebol, basquetebol, beisebol, rugby, hóquei, skates, ginástica, ciclismo ou qualquer atividade que possa produzir ferimentos na área da boca.

Os protetores bucais geralmente cobrem os dentes superiores e são projetados para evitar a fratura de dentes, corte nos lábios ou qualquer outro dano à boca. Se você estiver usando aparelho ou prótese dentária na arcada inferior, é provável que seu dentista sugira o uso de protetor bucal nos dentes inferiores também.

Protetores feitos sob medida — São diferentes para cada usuário e feitos pelo seu cirurgião dentista. Por serem feitos sob medida, são extremamente confortáveis e oferecem excelente proteção. Para fazê-lo, o dentista tirará um molde de seus dentes e construirá o protetor em cima do molde. A maioria dos atletas prefere este tipo de protetor, pelo conforto que proporcionam. 


CLINICA ORTODONTICA - 65 3322-7114

fonte:
 - Vioral - n. 2 - ano 2000 - ABO (Associação Brasileira de Odontologia)
CRA- newsletter - julho/ agosto - 1999 vol.8,n.7-8 pg4.
The Complete Guide to Better Dental Care, Jeffrey F. Taintor, DDS, MS and Mary Jane Taintor, 1997.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Aparelhos Ortodônticos Estéticos


Não dá pra falar em estética em Odontologia sem citarmos a Ortodontia, e os aparelhos estéticos vieram pra dar ainda mais conforto para aqueles pacientes mais exigentes que não querem deixar transparecer que estão fazendo tratamento ortodôntico.


Os aparelhos estéticos são fabricados em 3 tipos de materiais:
O Policarbonato (um tipo de resina plástica) é o material menos resistente dos três. Apresenta índices de descolamento e quebra maiores que a porcelana ou a safira. Mas, por outro lado, estes brackets são mais baratos que os outros oferecendo uma boa relação custo-benefício.
A Cerâmica ou Porcelana é um material bastante resistente e os brackets raramente se descolam ou quebram. Esteticamente, é um material superior ao policarbonato, mas ainda com pouca translucidez, apresentando uma coloração mais opaca. É também um material mais caro que o policarbonato.
A Safira apresenta resultado estético superior ao dos outros materiais com um aspecto translúcido que deixa o aparelho mais discreto ainda. São muito resistentes ao descolamento e quebra. Os brackets de Safira geralmente são mais caros que os de Porcelana. Outra vantagem do material é apresentar um coeficiente de atrito mais baixo que a Porcelana e o Policarbonato aumentando a eficácia do aparelho.
Escolha o seu e receba tudo que um sorriso estético e harmônico pode proporcionar em seu dia a dia!!! 

Facetas em Porcelana


Acompanhando a busca por tratamento odontológico que satisfazem as exigências estéticas, a odontologia vem aprimorando seus conhecimentos para obtenção de sorrisos belos e harmoniosos.

Dentes claros, harmônicos e alinhados, significam sucesso, saúde e bem estar.

Resultados que melhorem o sorriso, influencia no relacionamento. Responsável pela comunicação e expressão facial.

Facetas de porcelana ou cerâmica são artefatos confeccionados em laboratórios especializados, na qual irão melhorar a condição estética- funcional dos dentes anteriores.

São ditas porcelanas prensadas tipo IPS EMPRESS ESTHETIC I ou II e IPS E-MAX ZIR PRESS IVOCLAR ALEMANHA. Na qual usa a técnica de prensagem e estratificação melhorando a cor, translucidez, textura assemelhando ao dente natural. Sua espessura lembra uma unha.

Quando optar por uma faceta em cerâmica?
Quando a solução desejada for à estética e não for possível a confecção de resinas diretas por dificuldade de acesso, ou extensão do trabalho.
As vantagens são sua boa durabilidade, impermeabilidade a corantes, ótima compatibilidade aos tecidos gengivais, alta resistência á abrasão (desgaste) e menor retenção de placa bacteriana por ser altamente lisa e polida.

Um profissional dentista indica a faceta de cerâmica quando:
-Dentes que apresentam facetas em resinas problemáticas e deficiente,
- Dentes com alterações de formato, pequenos ou cônicos,
- Há grande fratura do ângulo do dente,
- Abertura entre dentes (Diastemas),
- Esmalte defeituoso ou escurecido, etc.

Para a confecção de uma faceta requer uma quantidade suficiente de esmalte, que permita um desgaste de no máximo 1,5mm e boa estabilidade na aderência da peça.

No entanto despendem de um custo mais elevado em relação às resinas feitas diretamente na boca. Necessita de provisório até a confecção da faceta definitiva, como também, exige maior número de sessões clinicas e laboratorial.

Fonte: http://dentaris.blogspot.com.br/2012/03/facetas-em-porcelana-ceramica.html

Clarear dentes sem supervisão de um especialista oferece riscos.



A popularização do clareamento dental, que está mais barato, trouxe um perigo: kits para clarear os dentes são vendidos por preços baixos na internet e há quem realize o tratamento sem supervisão de um dentista. Porém, tal prática, segundo especialistas, aumenta a possibilidade de surgirem problemas na gengiva e na estrutura do dente.
“O principal risco da prática não supervisionada é a exposição excessiva ao produto clareador, o que pode levar a um processo inflamatório no tecido da gengiva e à sensibilidade do dente. Além disso, a partir do chamado ponto de saturação, que é o grau máximo de clareamento, pode ocorrer o comprometimento do esmalte”, diz Patrícia Freitas, professora da Faculdade de Odontologia da USP.
Com ou sem supervisão?
Segundo Mauro Piragibe, consultor da Associação Brasileira de Odontologia, a venda do kit de clareamento não é proibida pela Anvisa (vigilância sanitária), por ser considerado um produto com fins cosméticos, no entanto, seu uso sem supervisão não é recomendado pelo Conselho Federal de Odontologia. “O paciente não sabe a quantidade do produto que deve aplicar, quanto tempo tem que usar e nem sabe se pode usar, porque se ele tiver problemas como cárie, placa bacteriana e gengivite, tem que tratar essas doenças antes de tudo”, diz.
Já o clareamento com supervisão não costuma oferecer riscos, segundo Mario Sergio Giorgi, presidente da câmara técnica de dentística do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. “É um procedimento seguro e o resultado varia entre os pacientes. Alguns conseguem clarear apenas um tom, outros mais que isso. A ideia é que a pessoa faça limpeza e trate os problemas para então avaliar se o clareamento vale o investimento”.

Fonte: CROSP

sexta-feira, 23 de março de 2012

NUNCA SUBESTIME UM DENTE INFECCIONADO

A cavidade oral, que é a boca, não esta separada do corpo, portanto é importante que receba cuidados especiais.


NUNCA SUBESTIME UM DENTE INFLAMADO, pois, a disseminação de bactérias bucais pela corrente sanguínea pode provocar doenças em outros locais do organismo:

Coração: endocardite bacteriana (doentes cardíacos têm mais risco de desenvolver esta infecção grave). arteriosclerose (entupimento de artérias)

Articulações: reumatismo articular agudo (artrite séptica).

Pulmões: embora menos frequente, podem infeccionar os pulmões e a faringe, causando até pneumonia.

Rins: inflamações renais e suas complicações.

Existem muito mais complicações, que citarei em outros informes, como parto prematuro, pacientes diabéticos, pacientes na UTI, pacientes em crescimento...

Sendo assim, cuide bem da saúde de sua boca.

Procure sempre um Cirurgião Dentista!!!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Câncer Bucal

Boca e Garganta


O câncer oral é o que tem início na cavidade bucal, o que inclui lábios, o revestimento interno da boca (mucosa bucal), os dentes, gengivas, os primeiros dois terços da língua, a parte da boca que fica debaixo da língua (soalho da boca), o céu da boca (palato duro) e a área atrás dos dentes do siso, o trígono retromolar.
O câncer orofaríngeo é o que se desenvolve na parte da garganta que fica logo atrás da boca, chamada de orofaringe. Ela inclui a base da língua (o último terço da língua), o palato mole, as amígdalas e os pilares e as paredes laterais e posterior da garganta (paredes faríngeas laterais e parede faríngea posterior). Glândulas salivares menores da boca e da garganta produzem saliva, que mantém a boca umedecida e ajudam na digestão dos alimentos.
A boca e a garganta participam de vários processos, entre eles a respiração, fala, alimentação, mastigação e deglutição. Ambas contêm vários tipos de células e tecidos e diferentes tipos de tumores podem se desenvolver a partir de cada tipo de célula. Essas diferenças são importantes porque influenciam o tratamento e o prognóstico (chance de sobrevivência) do paciente.
Alguns desses tumores são benignos, isto é, não invadem outros tecidos nem se disseminam para outros órgãos do corpo. Outros são cancerosos, podem invadir tecidos vizinhos e atingir outros órgãos do corpo. Há ainda crescimentos celulares que de início são inofensivos, mas que mais tarde podem se tornar cancerosos. São conhecidos como lesões cancerizáveis.


Tumores benignos

Os tumores benignos incluem lesões de células gigantes, fibroma, queratoacantoma, leiomioma, osteocondroma, lipoma, schwannoma, neurofibroma, papiloma, papilomatose (HPV), granuloma piogênico e rabdomioma, bem como os tumores odontogênicos. O tratamento básico para essas condições é a remoção cirúrgica, através da boca, sem incisões externas, já que a recorrência é pouco provável.


Leucoplasia, eritroplasia e displasia

Leucoplasia e eritroplasia são termos que descrevem áreas anormais na boca e garganta. A leucoplasia é uma área esbranquiçada. A eritroplasia é uma área avermelhada, levemente elevada, geralmente assintomática, que não sai quando raspa-se sobre a lesão. Na maior parte dos casos, o achado é incidental, durante o exame clínico realizado por médico ou por dentista.
A gravidade da leucoplasia ou da eritroplasia só pode ser determinada por um exame clínico complementado, quando necessário, por uma biópsia, ou seja, a análise microscópica de uma amostra de tecido. Algumas vezes essa avaliação pode ser feita por meio de citologia exfoliativa, técnica na qual a lesão é descamada com um instrumento e as células assim obtidas são analisadas ao microscópio, mas os resultados não são confiáveis como os da biópsia.
Essas áreas esbranquiçadas ou avermelhadas podem ser cancerosas ou uma lesão cancerizável chamada displasia pode estar presente. Em muitos casos, particularmente de leucoplasia, o achado pode descartar a possibilidade de câncer. Há formas brandas, moderadas ou severas de displasia, que se distinguem umas das outras pelo quanto parecem anormais ao microscópio. Saber o grau de displasia ajuda a prever qual a probabilidade de a lesão evoluir para um câncer, desaparecer sozinha ou com tratamento. Geralmente, a displasia desaparece se o fator que a causa é eliminado. As causas mais freqüentes são o hábito de fumar e/ou mascar tabaco. A irritação provocada por dentes ásperos, superfícies irregulares em obturações, coroas ou dentaduras contra a língua ou interior das bochechas pode causar leucoplasia ou eritroplasia. Tratamentos com retinóides (substâncias derivadas da síntese de vitamina A) aplicadas às lesões podem ajudar a eliminar algumas áreas de displasia e evitar o aparecimento de outras. A vitamina A também pode ser usada no tratamento.
A gravidade da leucoplasia e da eritroplasia pode ser determinada com precisão apenas pela biópsia, mas há várias outras formas de saber se trata-se de câncer ou não. Um método usado para escolher o local da biópsia é o emprego de um corante chamado azul de toluidina que é espalhado sobre a área suspeita. Se houver câncer, o tecido maligno ficará azul. Há outras doenças que também determinam esta coloração. Somente a biópsia permite a diferenciação com segurança.
Na maioria das vezes, a leucoplasia é uma condição benigna que raramente evolui para câncer. Cerca de 25% das leucoplasias, porém, ou são cancerosas quando detectadas ou envolvem alterações pré-cancerosas que evoluem para câncer em 10 anos se não forem tratadas adequadamente. Geralmente, a eritroplasia é mais séria e 70% a 95% dessas lesões são cancerosas à época da biópsia inicial ou vão evoluir para câncer.
Pode ser necessário também medir o conteúdo de DNA da leucoplasia ou eritroplasia. Se o conteúdo de DNA é normal, a chance de desenvolver câncer é pequena, embora isso possa ocorrer. Mas, se a quantidade de DNA é anormal - geralmente DNA demais - a possibilidade de o câncer se desenvolver é alta.


Tipos de câncer de boca e garganta

Mais de 90% dos cânceres de boca e garganta são carcinomas de células escamosas, também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda carcinomas epidermóides. Células escamosas são achatadas, e normalmente revestem a cavidade bucal e a garganta. O carcinoma espinocelular começa como um conjunto de células escamosas anormais. A forma inicial do carcinoma de células escamosas é chamado de carcinoma in situ, isto é, o câncer só está presente nas células da camada de revestimento, chamada de epitélio. Um carcinoma espinocelular invasivo significa que as células do câncer penetraram em camadas mais profundas da cavidade bucal e da orofaringe.
O carcinoma verrucoso é uma variante do carcinoma espinocelular que responde por menos de 5% dos tumores da boca. É um câncer de baixa agressividade, que raramente produz metástases, mas que pode se espalhar profundamente pelos tecidos vizinhos. Assim, a remoção cirúrgica do tumor com boa margem de tecidos ao redor é recomendada nesses casos.
Cânceres das glândulas salivares menores podem se desenvolver nas glândulas encontradas logo abaixo do revestimento da boca e da garganta. Há vários tipos de cânceres das glândulas salivares menores, incluindo carcinoma adenocístico ou adenóide cístico, carcinoma mucoepidermóide e adenoma pleomórfico, que serão discutidos em outra seção.
Embora sejam raros, os sarcomas são tumores originados dos tecidos de sustentação e sua história natural e tratamento são distintos dos carcinomas.
As amígdalas e a base da língua contêm tecido do sistema imunológico (linfóide) que também pode desenvolver câncer: linfomas não-Hodgkin, linfomas não-Hodgkin - infantis e linfoma de Hodgkin.
O tratamento e prognóstico dos pacientes com câncer das glândulas salivares menores e linfomas são diferentes dos pacientes de carcinomas espinocelulares e não vão ser discutidos aqui. O restante deste documento refere-se apenas aos carcinomas espinocelulares de boca e garganta.
No Brasil, são esperados este ano cerca de 10 mil novos casos de câncer de boca em homens e 3.400 em mulheres. Não existem estatísticas específicas sobre câncer de garganta.
Nos Estados Unidos, devem ser registrados 30.990 novos casos de câncer de boca e garganta, sendo 20.180 em homens e 10.810 em mulheres, com um total de 7.430 mortes projetadas para o mesmo período. Entre os americanos, o número de casos da doença vem caindo nos últimos 20 anos, a uma velocidade de 1% ao ano. A taxa de mortalidade desses cânceres também está em queda desde os anos 70.
Os locais mais comuns de câncer na boca são a língua (26%) e o lábio (23%), principalmente o inferior. Outros 16% são encontrados no soalho da boca e 11% nas glândulas salivares menores. O restante é encontrado nas gengivas e outros locais. Esses cânceres podem ocorrer em pessoas jovens, mas são raros em crianças. Cerca de um terço dos pacientes têm menos de 55 anos.
A incidência de câncer de boca varia de país para país. Ele é muito mais comum na França, Hungria e Índia, por exemplo, do que nos Estados Unidos e muito mais raro no México e no Japão. Cientistas que estudam a doença atribuem essas diferenças a fatores de risco ambientais e comportamentais.
Nos países não-desenvolvidos, os cânceres de boca estão entre os três mais comuns. No Brasil, é o quinto em incidência, mas infelizmente, por aqui 80% dos tumores são diagnosticados em estádio já avançado e apenas 20% são detectados precocemente, durante exame médico ou odontológico.
Pacientes recém-diagnosticados podem apresentar outro tumor em áreas próximas como a laringe, o esôfago (que liga a garganta ao estômago) ou pulmão. Daqueles curados do câncer de boca ou garganta, entre 10% e 40% podem desenvolver outro câncer num desses órgãos ou um segundo câncer da cavidade bucal ou garganta mais tarde. Por essa razão, é importante que esses pacientes sejam monitorados pelo resto da vida e evitem o cigarro e a bebida, que aumentam o risco desses outros cânceres.
  • Diagnóstico
  • Tratamento
  • Fatores de Risco
Muitos casos de câncer de boca e garganta podem ser diagnosticados precocemente durante exames médicos ou dentários de rotina ou mesmo por auto-exame. Alguns cânceres produzem sintomas logo no início, levando o paciente a procurar o médico, mas infelizmente muitos só provocam sintomas quando atingem um estádio avançado ou então causam sintomas que parecem ser de outro problema, como dor de dente, por exemplo.
Check-ups dentários que incluem o exame da boca são importantes para a detecção precoce de lesões pré-cancerosas e do câncer de boca e de garganta. Médicos e dentistas também recomendam pelo menos um auto-exame mensal em que as pessoas procurem pelos sinais e sintomas listados abaixo com o auxílio de um espelho.


Sinais e Sintomas

A existência de qualquer dos sinais e sintomas abaixo pode sugerir a existência de câncer, mas nesse caso o médico deverá pedir outros exames, para confirmar ou não o diagnóstico. Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças menos graves, benignas. É importante consultar o médico ou o dentista se qualquer desses sintomas persistir por mais de 2 semanas. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de sucesso:
  • * Ferida na boca que não cicatriza (sintoma mais comum)
  • * Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias)
  • * Nódulo persistente ou espessamento na bochecha
  • * Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca
  • * Irritação na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta
  • * Dificuldade para mastigar ou engolir
  • * Dificuldade para mover a mandíbula ou a língua
  • * Dormência da língua ou outra área da boca
  • * Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode
  • * Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula
  • * Mudanças na voz
  • * Nódulos ou gânglios aumentados no pescoço
  • * Perda de peso
  • * Mau hálito persistente


Exames

- Histórico médico completo: o primeiro passo em qualquer avaliação médica é reunir informações sobre sintomas, fatores de risco e outros problemas médicos.
- Exame físico: o médico deve fazer um exame físico completo e procurar certas anormalidades que possam ser causadas por câncer de boca ou garganta, como nódulos no pescoço ou anomalias dos nervos da face e boca.
- Consulta com um especialista: se houver motivo para suspeitar de câncer, seu médico ou dentista irá indicar um especialista, um cirurgião de cabeça e pescoço para uma avaliação mais completa.
- Exame completo de cabeça e pescoço (incluindo nasofaringoscopia, faringoscopia e laringoscopia): Como a orofaringe (garganta) fica dentro do pescoço e não pode ser vista facilmente, são usados tubos flexíveis, com fibras ópticas, luz na ponta e espelhos para examinar essas áreas. A faringoscopia e a laringoscopia indiretas consistem no uso de pequenos espelhos para visualizar a faringe, base da língua e laringe. A laringoscopia direta é feita com fibras ópticas. Como os pacientes com câncer de boca e garganta têm maior risco de apresentar tumores em outras áreas da cabeça e pescoço, a região atrás do nariz, a laringe e os gânglios linfáticos do pescoço precisam ser examinados atentamente.
- Panendoscopia ou endoscopia tríplice (incluindo laringoscopia, esofagoscopia e broncoscopia): se as chances de um câncer de cabeça e pescoço são altas, pode ser feito um exame completo da boca, garganta, laringe, esôfago, traquéia e brônquios. Esse exame, chamado panendoscopia ou endoscopia tríplice, é feito no centro cirúrgico com anestesia geral.
Por causa do risco significativo de um segundo câncer nos pacientes com tumores de boca e garganta, o médico também avalia laringe e esôfago e possivelmente a traquéia e os brônquios. O especialista também pode aproveitar a oportunidade para remover amostras de tecidos para análise, se isso ainda não foi feito no consultório.
- Citologia exfoliativa: esta técnica é semelhante à do exame de Papanicolaou. O médico raspa a lesão suspeita e espalha o tecido coletado sobre uma lâmina. A amostra recebe um corante e é analisada ao microscópio. Se essas células parecerem anormais, uma biópsia será feita. A vantagem desta técnica é que, além de simples, permite a análise de lesões com aparência minimamente anormal, abrindo caminho para diagnóstico precoce. No entanto, este método não detecta todos os cânceres e nem sempre é possível distinguir entre as células cancerosas e células não-cancerosas (displasia).
- Biópsia incisional: ela pode ser feita no consultório ou centro cirúrgico, dependendo da localização do tumor. Se a biópsia for feita no consultório, a região receberá anestesia local. Se o tumor estiver na parte de trás da boca ou no fundo da garganta, o procedimento será feito em centro cirúrgico com anestesia geral.
- Biópsia por aspiração com agulha fina (BAAF): se o paciente apresenta um caroço (nódulo) no pescoço, uma agulha fina pode ser introduzida no local para remover células que posteriormente serão analisadas ao microscópio. A biópsia por aspiração com agulha fina pode ser utilizada em várias situações diferentes. O exame pode mostrar que o nódulo aumentado é resultado de uma infecção ou se trata de um cisto benigno, que pode ser removido cirurgicamente. Se os resultados são benignos, mas o paciente apresenta sintomas de câncer, uma endoscopia tríplice pode ser necessária. Se a BAAF revela a presença de células cancerosas, o médico geralmente pode dizer de que tipo é. Se for um linfoma (câncer dos nódulos linfáticos) ou um câncer que se espalhou para os gânglios do pescoço a partir da tireóide, pulmões ou outros órgãos, mais exames serão necessários. Se o tipo de células observadas for consistente com cânceres de boca e de garganta, novos testes serão feitos para determinar a localização do tumor.


Fonte: Hospital A.C. Camargo